Se a sua lista de terror anda previsível demais (vampiro aqui, palhaço assassino ali, um demônio avulso acolá), prepare-se! A Netflix acaba de soltar um filme indonésio que está pegando fogo no Top Brasil e trazendo algo que faltava ao gênero: caos familiar, ruralidade sufocante e uma obsessão insuportável pela juventude eterna! Eita! Vamos aos detalhes...
Batizado de "O Elixir", o longa desembarca no streaming como quem não quer nada e, de repente, coloca meio mundo discutindo se aquele parente que “se acha jovem demais” não está, secretamente, fabricando soro proibido na garagem.
A história gira em torno de uma família tradicional de Yogyakarta responsável por remédios à base de ervas, o tipo de negócio milenar que costuma ficar em paz… até alguém decidir brincar de cientista no porão!
Tentando deixar o legado ainda mais memorável, o patriarca da família desenvolve um elixir milagroso com promessas tão bonitas que fariam qualquer skincare influencer chorar. O problema é que tudo vem acompanhado de efeitos colaterais que mordem... literalmente.
Esqueça aquela estética neon do apocalipse hollywoodiano! Aqui, o caos toma corpo entre florestas densas, vilarejos apertados e laboratórios improvisados, criando um cenário onde não dá para correr muito, nem esconder os erros de família.
O resultado é uma cidade inteira infestada, personagens tentando curar o problema com amor (spoiler: não funciona) e decisões duvidosas que fariam um terapeuta dormir mal.
Parte do charme de “O Elixir” está em assumir o lado visceral sem saltar direto para CGI plastificado. O terror é sangrento na medida, com aqueles efeitos práticos que fazem o público murmurar “isso doeu” entre os dentes. A fotografia aposta em tons terrosos, sombras pesadas e silêncio desconfortável, o verdadeiro tripé do pânico rural.
Enquanto a infecção se espalha, ninguém realmente está preparado. Afinal, como explicar para um tio zumbi que ele não foi convidado para o jantar?
Brincadeiras à parte, o filme acerta ao sugerir que o horror começa muito antes da mordida: ciúmes, expectativas, ganância e essa necessidade humana de desafiar o tempo.
- Terror eficiente com menos de 2 horas
- Atmosfera sufocante e claustrofóbica
- Humor ácido involuntário (aquela pitada cultural deliciosa)
- Drama familiar que rende assunto no grupo da família
- Perfeito para pré-Halloween
Não reinventa o gênero, mas faz algo raro: diverte, tensa e deixa aquele gosto de quero mais, o suficiente para competir com titãs do streaming nesta temporada.
Se você gosta de terror com personalidade, alma regional e aquele jeitinho artesanal de quebrar nervos, coloque “O Elixir” no topo da sua lista. Você vai, no mínimo, repensar qualquer promessa de juventude eterna que apareça por aí. E lembre-se: às vezes, o verdadeiro terror mora na família. Ui!
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